sábado, 25 de abril de 2015

Venda de produtos orgânicos nos EUA


Venda de orgânicos totaliza US$ 35,9 bilhões






Vendas de produtos orgânicos nos EUA, alimentos ou não, quebrou mais um recorde em 2014, totalizando US$ 39,1 bilhões (cerca de 36 bilhões de euros), 11,3% acima do ano anterior, de acordo com a última pesquisa da indústria orgânica, da Organic Trade Association (OTA). Os produtos orgânicos não-alimentares cresceram US$ 3,2 bilhões, crescendo em quase 14%, para o maior crescimento anual nos últimos 6 anos. A maioria dos lares americanos, em todas as regiões do país, agora faz dos orgânicos parte de suas compras nos supermercados. De 68% para 80% das famílias no Sul dos Estados Unidos, a quase 90% da Costa Oeste e da região de New England, de acordo com a OTA.

Para mais informações, em inglês, clique aqui e veja o site da OTA




Correntes da Nutrição

Correntes da nutrição

Elaine de Azevedo







Além da alimentação orgânica existem muitas correntes e padrões alimentares. É importante mencionar que a dieta orgânica não exclui nenhum tipo de alimento, mas dá prioridade à origem dos alimentos como aspecto central de qualidade.
Abaixo, destacam-se algumas dessas propostas.
A linha do vegetarianismo exclui produtos de origem animal. Existem diferentes tipos de dietas vegetarianas: a ovolactovegetariana, que exclui o consumo de qualquer tipo de carne, mas prevê o consumo de ovos, leite e derivados; a lactovegetariana, que exclui carnes e ovos, mas o consumo de leite e derivados é permitido; a ovovegetariana, que exclui carnes e leite e derivados, mas o consumo de ovos é aceito; a vegetariana estrita (vegana ou vegan), que não inclui o consumo de nenhum alimento de origem animal, inclusive o mel.


A dieta crudista vem ganhando adeptos baseados na argumentação de que nossos ancestrais não ingeriam alimentos cozidos. Os seguidores da dieta crua comem apenas vegetais não cozidos, evitam carne de qualquer espécie, alimentos processados e refinados, laticínios, grãos de cereais, sal e açúcar. Já os adeptos do frugivorismo ingerem somente frutas - naturalmente cruas - consideradas as dádivas da natureza.
Na alimentação ayurvédica, o equilíbrio do corpo é vinculado a três tipos básicos de energia, denominados doshas: Vata, Pitta, Kapha. Os doshas referem-se às características constitucionais de cada indivíduo e na sua relação com o ambiente. O desequilíbrio destas energias, devido a excesso ou deficiência de um deles, pode levar o indivíduo a uma doença.

A dieta, essencialmente lactovegetariana, é ajustada a essas características individuais e espelha as necessidades mais profundas do indivíduo. A dieta ainda leva muito em consideração as especificidades locais da sua cultura de origem - a Indía e a sua religião predominante, o hinduísmo. Aspectos dos alimentos, tais como temperatura, sabor e outras características sensoriais, também são considerados na elaboração das dietas. Temperos e plantas medicinais são parte essencial da alimentação ayurvédica..

A alimentação na medicina tradicional chinesa é baseada no sistema dos cinco elementos (água, madeira, fogo, terra, metal), presentes na natureza e no ser humano, a partir dos quais todos os fenômenos naturais são classificados. Na dietoterapia chinesa a classificação entre Yin e Yang distingue os alimentos de acordo com sua natureza, sendo divididos como frios, frescos, neutros, mornos ou quentes. Além deste aspecto, a classificação dos cinco elementos atua sobre os alimentos, sendo que cada elemento corresponde a um sabor específico que determinam as recomendações individuais, dependendo de seu estado de saúde e seu equilíbrio.
Já a macrobiótica foi fundada por Ishisuka, no Japão, no fim do século 19, a partir da dieta tradicional japonesa. Esta corrente alimentar também se baseia na proposta de equilíbrio entre as energias Yin e Yang. A dieta enfatiza o consumo dos alimentos locais e a restrição de alimentos crus, de frutas, de leite e de carnes.

Admite-se o uso eventual de ovos caipiras, e de alguns tipos de peixes, além de algas, cereais integrais - especialmente o arroz - e alimentos tipicamente japoneses, como a abóbora hokkaido, o feijão azuki, o nabo fermentado, as folhas verdes, a bardana, o gergelim preto, o sal marinho, o shoyo, o tofu, o missô e a ameixa umeboshi. Esses alimentos fazem parte de uma dieta localmente adaptada ao japonês, como preconiza a macrobioótica

Na alimentação antroposófica, além da preocupação com a origem integral dos alimentos, enfatiza-se a origem biodinâmica, a qualidade e a vitalidade dos alimentos, o ritmo das refeiçoes e a prática lactovegetariana, considerando a retirada da carne como uma escolha individual, normalmente envolvida com aspectos de desenvolvimento espiritual.


A dieta probiótica foca na ingestão de cereais, sementes e grãos integrais, que devem perfazer 50% do total da dieta. As verduras cruas totalizam 30% dos alimentos consumidos diariamente, enquanto as frutas e alguns legumes cozidos, 15%. As carnes, o leite e derivados e os ovos perfazem somente 5% da dieta total. Pouca quantidade de açúcar e mel é permitida, assim como os temperos naturais (ervas, vinagre de arroz ou de maçã, azeites, sal marinho). Preconiza-se o jejum matinal com a ingestão restrita de líquidos até perto do meio-dia. A partir daí, o individuo deve fazer duas refeições principais: o almoço e o jantar. A frugalidade é estimulada e percebe-se que muitas das indicações utilizadas têm base na macrobiótica.

Fonte: http://www.portalorganico.com.br/sub/28/correntes-da-nutricao

Sobre Orgânicos






O que é um alimento orgânico?
 
Para ser considerado orgânico, o produto deve ser cultivado em um ambiente que considere sustentabilidade social, ambiental e econômica e valorize a cultura das comunidades rurais A agricultura orgânica não utiliza agrotóxicos, hormônios, drogas veterinárias, adubos químicos, antibióticos ou transgênicos em qualquer fase da produção.
Como a produção orgânica cuida do ambiente de cultivo para evitar problemas com pragas e doenças sem o uso de materiais produzidos artificialmente?

O sistema orgânico busca o equilíbrio do ecossistema para resultar em plantas mais resistentes a pragas e doenças. Para impedir a disseminação de doenças, outras culturas são utilizadas durante o cultivo ou alternadas com a produção. Plantas consideradas daninhas para muitas lavouras são usadas na agricultura orgânica por atraírem para si as pragas e enriquecerem o solo, fortalecendo as plantações e evitando doenças.
Quais práticas são comuns no processo de plantio dos produtos orgânicos?









 
Os produtores de orgânicos utilizam o rodízio de culturas e diversificação de espécies entre e dentro dos canteiros. Nas lavouras são aplicados cordões de contorno com plantas diversas, que ajudam a proteger a plantação de pragas e doenças, servem como quebra-vento e também protegem o solo contra erosão.
Praticam o plantio direto, caracterizado pelo cultivo em cima do resíduo da cultura anterior, sem que o trator limpe o solo. Outras técnicas, como a adubação verde, também contribuem para o enriquecimento do solo, fornecendo o equilíbrio necessário para a geração de alimentos saudáveis. O
solo é enriquecido com adubo orgânico que promove o desenvolvimento da vida neste solo, como minhocas, bactérias e fungos benéficos, que contribuem para o equilíbrio do sistema.
Todo alimento cultivado sem o uso de agrotóxicos é orgânico?

Não. A produção orgânica vai além da não utilização de agrotóxicos. O cultivo deve respeitar aspectos ambientais, sociais, culturais e econômicos, garantindo um sistema agropecuário sustentável.
Frutos grandes e bonitos indicam o uso de agrotóxico?
 
O mito de que o produto orgânico é menor, ou mais feio, já foi superado pela produção orgânica. O consumidor deve exigir qualidade ao adquirir esses produtos.
Há plantio de produtos orgânicos em grande escala?

A agricultura orgânica costuma ser relacionada a produções em pequena escala. Desde a década de 1970, quando o processo orgânico começou a ser difundido no meio acadêmico e científico, novas tecnologias foram desenvolvidas e estudos realizados para possibilitar produções em grande escala e evitar pragas e doenças sem a utilização de agrotóxicos. Esse processo evolutivo pode ser observado em culturas como a do café, cana-de-açúcar e morango.
Por que produtos orgânicos são mais caros?
 
O produtor orgânico se preocupa com a preservação do meio ambiente e tem compromisso com a qualidade de vida de seus empregados. O produto, então, pode ter seu custo de produção um pouco maior, acrescido destas responsabilidades cidadãs. A oferta em relação à procura por produtos mais saudáveis, também eleva o preço no mercado. Mas, tanto em supermercados como nas feiras livres é possível adquirir produtos orgânicos com preços compatíveis. Escolher produtos orgânicos estimula o crescimento desta prática, aumenta a oferta e diminui seu preço ao consumidor.
O que é adubação verde?





É o plantio de certas espécies de plantas, geralmente leguminosas, simultaneamente ou em processo alternado com o plantio de culturas de interesse econômico. Quando cortados, os adubos verdes são misturados ao solo e deixam esses nutrientes disponíveis para o produto orgânico que será cultivado. Também protegem o solo da erosão e podem ser repelentes naturais de pragas e doenças.
Qual a diferença entre orgânicos e hidropônicos?

Alimentos hidropônicos têm um processo de produção diferente ao processo proposto pela agricultura orgânica. Na hidroponia podem ser utilizados agrotóxicos. Os hidropônicos são caracterizados pelo cultivo direto na água, enquanto a agricultura orgânica trabalha com o solo como organismo vivo. Na hidroponia, fertilizantes altamente solúveis, proibidos pela agricultura orgânica, são colocados na água e absorvidos pelas raízes das plantas.
Como saber se o produto que estou comprando é realmente orgânico?
 
Conforme a legislação brasileira, em vigor desde janeiro de 2011, o consumidor reconhece o produto orgânico através do selo brasileiro ou pela declaração de cadastro do produtor orgânico familiar. Todo produto orgânico vendido em lojas e mercados tem que apresentar o selo em seu rótulo. Já o agricultor familiar precisa vender seus produtos diretamente, para que o consumidor possa estabelecer uma relação de confiança com ele ao comprar seus produtos na feira.
Quais são as certificadoras credenciadas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento?

O ministério tem, atualmente, oito certificadoras credenciadas: Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR), IBD Certificações, Ecocert Brasil Certificadora, Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Insituto Chão Vivo de Avaliação da Conformidade, Agricontrol (OIA) e IMO Control do Brasil. A fiscalização das propriedades produtoras de orgânicos é feita por essas empresas, que assumem a responsabilidade pelo uso do selo brasileiro. Cabe ao Ministério da Agricultura fiscalizar o trabalho dessas certificadoras.
O que é Sistema Participativo de Garantia?

Os Sistemas Participativos de Garantia - SPG são grupos formados por produtores, consumidores, técnicos e pesquisadores que se auto-certificam, ou seja, estabelecem procedimentos de verificação das normas de produção orgânica daqueles produtores que compõe o SPG. Precisam ser credenciados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que fiscaliza seu trabalho. Os produtos do SPG recebem o selo brasileiro.
É possível encontrar produtos orgânicos industrializados?

Sim. Para serem considerados orgânicos, o processo de industrialização deve respeitar as normas de fabricação para evitar qualquer contaminação do produto com substâncias indesejadas. Seus ingredientes devem ser inofensivos à saúde do consumidor. Para ser considerado orgânico, o produto deve ser composto de no mínimo 95 % de ingredientes orgânicos. Os que têm proporção menor só podem ser chamados de “produto com ingredientes orgânicos” e essa porção tem que ser de, no mínimo, 70 %. Já os com menos de 70 % de ingredientes orgânicos não podem ser vendidos como tal e não podem ter o selo brasileiro.
Podemos encontrar produtos orgânicos sem o selo brasileiro?
 
O selo brasileiro deve ser colocado em todos os produtos orgânicos comercializados em lojas, sites, supermercados, etc, quer sejam produzidos ou não no Brasil.
Apenas os produtos vendidos direto nas feirinhas, onde o produtor é cadastrado junto ao MAPA e está ligado a uma Organização de Controle Social, podem ser comercializados sem o selo. Mas, neste caso, o consumidor pode pedir que o produtor apresente sua Declaração de Cadastro para confirmar sua condição.
Produtos importados que cheguem ao Brasil sem o selo, não podem ser comercializados como orgânicos no país. A única exceção é para os produtos com longa validade, que foram produzidos ou importados até dezembro de 2010 (ex. café, açúcar), que estavam sem utilizar o selo na ocasião de sua produção, uma vez que a obrigatoriedade do uso só passou a valer em 1º de janeiro de 2011.
 

Fonte: http://www.agricultura.gov.br/portal/page/portal/Internet-MAPA/pagina-inicial/desenvolvimento-sustentavel/organicos/o-que-e-agricultura-organica/perguntas-e-respostas